revista fevereiro - "política, teoria, cultura"

   POLÍTICATEORIACULTURA                                                                                                     ISSN 2236-2037

 

apresentação

 

Eis o número dois de Fevereiro. Como prometido na primeira edição, a revista abre seu leque de assuntos e colaboradores. Encabeçando a pauta, os rumos da política brasileira. E o assunto mais candente, como não poderia deixar de ser, são as eleições que o país acaba de atravessar.


Abordando diferentes aspectos da conjuntura política, e com ênfases também distintas, os três artigos dedicados ao tema, de membros da equipe responsável pela revista, procuram avaliar o que aconteceu e os impactos futuros. O que esteve em jogo, afinal? Para além da retórica das campanhas, haveria diferenças importantes entre as alternativas oferecidas ao eleitor? Quais? Como entender os momentos dramáticos e inesperados (para o bem e para o mal) desse processo? O que esperar daqui para frente e, especialmente, o que uma perspectiva de esquerda democrática tão crucial para a linha editorial desta revista teria a dizer sobre isso?


Para além da conjuntura e do Brasil, Fevereiro retorna à discussão sobre a experiência da esquerda no mundo, a crítica de sua história e seu presente. Mas não sem antes fazer a devida homenagem ao recémfalecido filósofo e pensador político Claude Lefort, expoente da intelectualidade democrática e progressista francesa. Em destaque, uma entrevista inédita, realizada em 2004, em que Lefort fala de sua biografia política e intelectual, algumas preocupações centrais de sua obra, a política francesa, a experiência acadêmica no Brasil e suas impressões sobre a política brasileira contemporânea. Na sequência, um ensaio de Ruy Fausto sobre a revolução russa, com foco na história dos seis primeiros meses do regime bolchevique. Fica claro, na reconstrução bastante minuciosa do autor, como a concepção e as práticas autoritárias do partido no poder começam a definir os rumos sombrios do regime já nesse primeiro período.


A revista faz, neste número, sua estréia no debate econômico contemporâneo, com artigo de Leonardo Nunes sobre os problemas teóricos da proposta de controle de capitais. Mas também faz estréias no campo da arte e literatura. Graças à colaboração de Daniela Mountian, publicamos um conto do escritor russo Leonid Bobytchin, considerado um dos mais importantes do período soviético, a despeito de sua morte prematura. Raquel de Almeida Prado escreve sobre uma contribuição recente, e alvissareira, do cinema chinês. De quebra, um poema de Marcela Vieira. E Alexandre Carrasco fecha a edição com uma crônica “políticosentimental”.


O leitor deve imaginar as dificuldades impostas a uma revista como esta, sem nenhum recurso público ou privado, sustentada inteiramente na boa vontade de amigos e colaboradores. Fevereiro agradece o desprendimento de todos e faz, aqui, uma menção especial a Marcela Vieira, pela revisão dos artigos, e André Lopes, que tornou possível a produção e publicação da revista na rede mundial. Contamos, finalmente, com a crítica e os comentários do leitor.


Boa leitura!































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